terça-feira, 29 de maio de 2012

O PÃO DE CRISTO!


O que se segue é um relato verídico!

É sobre um homem chamado Victor... 
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito...
Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal.
Víctor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.
- Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele.
Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:

- Que queria o pobre homem? 
- Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido,
- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora! 
- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina!
Aposto que quer dinheiro para beber!
- Tenho uns trocados comigo. 
Vou dar-lhe alguma coisa!

Mesmo de costas para eles, Vitor ouviu tudo que disseram.
Envergonhado, queria afastar-se correndo dali, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:

- Aqui tens algum dinheiro. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. 
Em algum lugar existe um trabalho para você. Espero que o encontre. 
- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. 
A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza. 
- Você estará comendo o "Pão de Cristo"! Partilhe-o - disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo.
Víctor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo.
Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias...
Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior. O PÃO DE CRISTO!
- Um momento!, - pensou, não posso guardar o Pão de Cristo somente para mim.
Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical.
Neste momento, passou a seu lado um velhinho.
- Quem sabe, este pobre homem tenha fome - pensou - tenho que partilhar o "Pão de Cristo".
- Ouça - exclamou Víctor - gostaria de entrar e comer uma boa comida? 
O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.
- Você fala sério, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente. 
Durante a ceia, Víctor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel. 
- Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou..

- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei.
Tinha muita fome.
Vou levar-lhe este pão.

- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa...
Ao longe, os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.
Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engoli-lo com alegria... 
De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado. 
- Tome cachorrinho. Te dou a metade - disse o menino. O "Pão de Cristo" alcançará também você.
O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria. 
- Até logo!, disse Victor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego.
Não desespere!
- Sabe? - sua voz se tornou em um susurro - Isto que comemos é o Pão de Cristo. 
Uma senhora me disse quando me deu aqueles trocados para comprá-lo.
O futuro nos presenteará com algo muito bom!

Ao se afastar, Víctor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna. 
Se agachou para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono. 
Víctor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta.
Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria.
Estava por repreender Victor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez pois Víctor mostrava no rosto um ar de dignidade que o deteve.
Disse então:

- No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate. Tome!!
Víctor olhou o dinheiro meio espantado e disse:

- Não posso aceitar.
Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.

- Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã.
Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.
Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma.
Chamava-se 
'PARTE O PÃO DA VIDA'; 

'NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS, DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA'.

QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA!
Victor foi no outro dia ao escritório daquele homem e este lhe conseguiu um emprego digno, Victor mudou a sua vida e, com certeza tevem muito mais condições de oferecer e repartir "O Pão de Cristo" muitas e muitas vezes...

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