sábado, 26 de janeiro de 2013

A TRANSIÇÃO E A NECESSIDADE DE AMOR




Segundo Santo Agostinho (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. III – Instruções dos Espíritos), nosso planeta se encontra em fase de transição, deixando a categoria dos mundos de Expiação e Provas e adentrando os mundos Regeneradores.

   Recorrendo à 1ª obra da Codificação (“O Livro dos Espíritos”, 3ª parte – Das Leis Morais), encontraremos no 6º capítulo as perguntas do Codificador e as respostas oferecidas pelos Espíritos Puros, com referência à lei de Destruição.

   De acordo com essa belíssima coletânea, antes da reconstrução das bases planetárias, deve haver a destruição de parte das antigas estruturas, que certamente já estão abaladas. Desfeitos os alicerces equivocados, o erguimento do mundo novo seria possibilitado.

   Sabemos também que o progresso é uma das leis naturais que regem a vida do espírito imortal, não podendo ser postergado.

   Nesse contexto, e pensando na infinita misericórdia e no sábio planejamento de Jesus, acreditamos que os irmão que há milênios estavam “escondidos” nas furnas umbralinas estão recebendo a última oportunidade de progredir e, quem sabe, permanecer na Terra regenerada, pós-transição. Uma última encarnação nesse mundo, ainda expiatório...

   Por isso, nosso objetivo com essa singela reflexão é mostrar a urgência da vigilância e do amor ao próximo, nesse momento de reconstrução. Esses irmãos retirados dos esconderijos na escuridão, em sua esmagadora maioria, têm personalidade forte, não convivem bem com o semelhante, estando acostumado ao mando, ao poder.

   Nossa paciência está sendo testada e treinada, nessas situações. Sem intenso amor ao próximo, dentro das bases ensinadas por Jesus e reforçadas pelo Espiritismo, não conseguiremos resistir ao bombardeio de injúrias, agressões, ingratidão, etc. Somente o amor vai nos manter fortes, nesse momento de aparente desordem.

   Oferecendo-nos ensinamentos seguros a esse respeito, nosso Cristo nos ensina que ‘os sãos não precisam de médico’. Sendo as almas doentes as maiores necessitadas do Médico dos médicos, os cristãos que estão em processo de evangelização própria têm o dever de amparar essas criaturas, exemplificando a paciência, a humildade, o amor... Enfim, os talentos que conquistamos em nossa jornada evolutiva. Devemos oferecer a esses irmãos menores (pois filhos do mesmo Pai de amor infinito) aquilo que queremos para nós, segundo o ensinamento oferecido por Jesus. Pagar o mal (atitudes oriundas da ignorância espiritual) com o bem é urgência máxima, na fase que o planeta nos oferece.

   O Evangelho é e sempre será o nosso manual de conduta, para que possamos atravessar essa reconstrução com relativa tranquilidade. Ali encontraremos a exemplificação de Jesus, e somente amando no limite de nossas forças poderemos suportar com sabedoria essa fase.

André Luiz Iesi Sobreiro (Severinia/SP)
é membro da Rede Amigo Espírita, professor de ensino fundamental, orador e dirigente espírita na cidade de Severinia/SP. Blog: http://www.portaldeluzseverinia.blogspot.com/